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Evangélicos dão cursos de ‘cura’ de gays em países da América Latina


Entidades ligadas a igrejas evangélicas estão dando seminários e cursos de “restauração” de homossexuais masculinos e femininos em países da América Latina, como Argentina, Colômbia e México. 

Os cursos se destinam a pastores, líderes religiosos e psicólogos cristãos para que saibam como tratar de homossexuais. As pessoas que sofrem “desse problema” também são bem-vindas, esclarece o site de uma das entidades.

Neste país, dois grupos de evangélicos se destacam na realização dos cursos, o Ministério de Restauração Sexual da Igreja da Cidade e a Fundação Pró Integração e Saúde Sexual. Haverá no país em abril o oitavo encontro da Capacitação de Líderes da Área de Restauração Sexual.

No México, a Exodus Latinoamérica ministra cursos com tópicos como “Raízes do homossexualismo e lesbianismo”, “o processo de cura”, “como evangelizar a comunidade gay”, “desmascarando o lado sombrio da vida gay”, “como se prevenir da homossexualidade”, “combatendo as tentações sexuais” e "respostas bíblicas para a teologia gay”.
A Exodus Latinoamérica está ligada à Exodus Global Alliance, uma organização americana cristã dedicada à cura da homossexualidade "através do poder transformador de Jesus Cristo”, de acordo com o seu site.

Adriana Sanz, do Ministério de Restauração Sexual, disse que na Argentina os cursos têm sido bastante procurado por homossexuais de 18 a 30 anos. “A homossexualidade é desvio”, disse. “Se tivermos consciência da função sexual [do ponto de vista religioso], então podermos corrigir esse desvio.”
Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de Lésbica, Gays e Bissexuais, disse que os cursos são frequentados na maioria por jovens levados por seus pais.


O governo da Argentina está investigando os  cursos para, se for o caso, enquadrar os responsáveis na lei de discriminação sexual. O país legalizou recentemente o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No Brasil, a psicóloga e evangélica Rozângela Alves Justino foi advertida em 2009 pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) para que parasse com o tratamento de “cura” de homossexuais, porque não se trata de uma doença.

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